terça-feira, julho 19, 2011

Evolução da Internet: da DARPANET à Internet atual

Olá. Estou compartilhando aqui no meu Blog um artigo que escrevi a poucos minutos para a pós-graduação que estou cursando atualmente.

Instituição: ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil
Curso: Especialização em Redes de Computadores
Disciplina: Introdução às Redes de Computadores
Professor: Anibal Dario Angulo Miranda
Tema: "Evolução da Internet: da DARPANET à Internet atual"


A evolução dos tempos torna inimaginável entender como as gerações passadas viveram sem ter acesso às soluções tecnológicas que o mundo atual dispõe. Um exemplo típico é o telefone celular, que faz com que se possa chegar a qualquer pessoa, a qualquer momento, apenas discando um número.
Com a internet não é diferente. A rapidez com que as informações chegam a qualquer pessoa, em qualquer lugar no mundo, é algo fascinante. O planeta está conectado.
Pensar que uma das maiores (senão a maior) invenções da humanidade nos últimos anos surgiu em tempos de guerra. Talvez esta seja a comprovação de que até nos piores acontecimentos pode existir algo positivo.
Na década de 60, nos rumores da Guerra Fria, as bases militares americanas desenvoleram a DARPANET. O objetivo inicial era desenvolver uma rede que fosse capaz de sobreviver a ataques ocorridos durante as batalhas. As informações ficavam descentralizadas por diversos nós (pontos) dentro do território americano, onde estes eram interligados entre si - algo muito próximo da conhecida topologia em malha. Dessa forma, se um dos nós viesse a cair (ser atacado), os demais continuariam a atuar (como um caminho alternativo) e não permitiriam que as informações deixassem de trafegar.
O pós-guerra fez com que a DARPANET fosse compartilhada com instituições de ensino nos Estados Unidos e, alguns anos depois, passou a ser utilizada por instituições de outros países, inclusive do Brasil. A partir daí começou a surgir a Internet que temos hoje.
Com o passar do tempo várias empresas também começaram a divulgar suas marcas, produtos e serviços através da grande rede. Também não pode deixar de ser citado o surgimento do serviço de mensagem eletrônica (e-mail), que trouxe a possibilidade de se enviar e receber mensagens praticamente em tempo real, a custos extremamente baixos para os padrões da época.
A utilização da pilha TCP/IP como padrão também foi um fator que contribuiu, e muito, para a disceminação da Internet. Foi através desta que obteve-se a garantia de interoperabilidade entre os produtos comercializados por diferentes fabricantes de hardware e software.
A partir deste momento, o que se tem é basicamente a evolução dos produtos e serviços, onde: programas como Skype deram a opção de se originar e receber chamadas telefônicas a custos reduzidos através da utilização da tecnologia VoIP (voz sobre IP); sites como o Google facilitaram a busca por informações hospedadas na rede; softwares P2P (peer-to-peer) como KasaA tornaram cada estação de trabalho um cliente e ao mesmo tempo servidor para o compartilhamento de arquivos; sites como o Youtube tornaram realidade o compartilhamento de vídeos; redes sociais como Facebook fizeram com que todos estivessem mais próximos de seus amigos (mesmo que longe geográficamente); o Windows Messenger tornou-se um dos meios de se comunicar mais utilizados no mundo (ajudando as pessoas a superar seus momentos de solidão); entre outros.
Muitos dos serviços citados no parágrafo anteror surgiram motivados pela Internet 2.0, que visa a contribuição total de informações e conhecimento entre os internautas. A evolução é tão grande que já fala-se em Internet 3.0.
Mesmo com todos os avanços, a Internet hoje passa por momentos de preocupação. Quando a DARPANET foi criada, não imaginava-se que pudesse crescer a tal ponto de interligar todos os computadores do mundo. Isso fez com que os endereços IPs viessem a esgotar. A situação atual diz que até a metade de 2012 não haverão endereços IPv4 (padrão atual) disponíveis para distribuição. Além do rápido crescimento da Internet, uma má distribuição das faixas de endereço IP também parece ter contribuido para este esgotamento que, de certa forma, não terminará com a Internet, mas limitará o seu crescimento.
Há cerca de duas décadas começaram as preocupações com o término dos endereços IPs disponíveis. Algumas técnicas emergenciais como CIDR e NAT fizeram com que o esgotamento fosse postergado. Porém, a realidade hoje mostra que não há mais como continuar com o padrão IPv4. Uma solução definitiva é a implantação do IPv6 (novo padrão de endereços) que grantirá a utilização de endereços IPs únicos por tempo infinito, assegurando assim manter o crescimento da Internet.
Porém, a transição é delicada. Segundo o coordenador do projeto IPv6 no Brasil, Antonio Moreiras, não será definido um "dia D" em que o IPv4 dará lugar ao IPv6. A mudança deverá ser feita de forma gradativa, onde endereços IPv4 e IPv6 trabalharão simultâneamente. Isto exigirá equipamentos de hardware - e software - superiores, com maior quantidade de memória e poder de processamento. Muitos fabricantes já se mostraram preparados para este desafio.
Enfim, pode-se dizer que os rumos que a rede mundial de computadores poderá tomar daqui pra frente ainda são um tanto incertos. De certo é que, assim como os telefones celulares, a Internet já se tornou algo indispensável na vida das pessoas.

6 comentários:

André Dotto disse...

Ótimo artigo Michel, parabéns

gislaine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
gislaine disse...

parabens!!!mas continuo sem entender o que é darpanet....

Michel Iserhardt disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Michel Iserhardt disse...

Olá Gislaine.
Obrigado pelo comentário.
Confesso que até a solicitação deste trabalho não havia usado o nome "Darpanet". Mas, acredito que este nome tenha sido dado devido á Arpanet (primeiro projeto do que hoje é a Internet) ter sido idealizada pelo Departamento de Defesa dos EUA.
Vou tentar obter mais informações a respeito.

Arlindo disse...

Muito bom, uma leitura interessante, parabéns